sexta-feira, 1 de junho de 2012

A sacola plástica e você, porque eu não uso mais


Oi pessoinhas, beleza?

Bom, enquanto me preparava para me mudar para a Alemanha, eu li muitos blogs que falava sobre a cultura local e sobre o lado prático da vida, o dia-a-dia. Em um desses posts (esse aqui) além de um vídeo mostrando a velocidade da atendente de caixa, fala sobre como funciona o esquema das sacolinhas. Esperta (?) e canguinha que sou, já bem avisada, trouxe minhas sacolas retornáveis, uma que ganhei da minha sogra (a sacolinha vira um morango para guardar na bolsa) e uma do Big (quem não tem uma sacola velha do Big em casa hein??).

Aqui eu guardo sempre minha sacola de morango da bolsa e o Rafael guarda a do Big na mochila. Simples assim.
Quando esquecemos ou compramos demais, pegamos uma caixa de papelão no supermercado e viemos com as coisas nela. E depois, óbvio, eu uso as caixas para outras coisas.

Sim, eu uso a caixa de papelão do Super para guardar as garrafas para retornar =)

As lojas que não são supermercados perguntam se tu precisa de sacola. Eles não negam, mas primeiro confirmam que tu realmente precisa.
E vou dizer, raramente preciso. Não me faz falta a sacolinha do supermercado. E mesmo assim nós juntamos 30 sacolas em 60 dias (sim, eu levantei do sofá e fui no cantinho onde guardamos para contá-las).

O outro esquema sobre o qual quer falar é o das garrafas. Sim, aqui a gente paga o 'casco' como nos anos 90. Mas bem mais no estilo-vida-moderna, quando passa o refri pelo  caixa já ficam registrados o refri e a garrafa. Não como era antigamente, ou nesse inicio de ano no Pois-pois quando me apeteceu uma cerveja bem gelada e eu, que não tinha saido de casa pensando em bebida, não tinha uma garrafa de vidro na bolsa e tive que pedir por favor para a atendente do caixa e ela chamou a 'encarregada' e cinco minutos depois ela me falou que o casco era R$2.
Aqui é rápido e simples, e para retornar também: nos supermercados tem uma máquina onde colocamos a garrafa e sai um ticket já do valor a retornar certinho. Ai passamos no caixa junto com as mercadorias e , desconto.
Alias, uma das primeiras coisas que notei em Amsterdam (sim, meu trauma, aqui e aqui) foi 'nesse país não existe Pfand (palavra alemã para casco)' pois seus inumeros canais eram cheios de garrafas boiando. Aqui não se vê nenhuma, e as duas vezes que eu vi, eu peguei e levei pro super, $$!

Minha sacola cheia de dinheiro, opa, garrafa


Ai então que outro dia eu tava assistindo o programa do Danilo Gentilli no youtube, sim eu tenho feito isso muito, e ele e outro mocinho começam a debochar (nesse vídeo, apartir do tempo 1:00) e o pior trecho, na minha opinião é no 2:30.

Então as pessoas querem um mundo melhor, uma planeta mais limpo, sem enchentes, com rios despoluídos e ficam se agarrando a sacolinha?? Ahh sério que sacolinha é mais importante na tua vida do que um meio ambiente melhor? As pessoas ficam num mimimi de passeata, de só compro de empresa verde e se apegam a isso? (por favor, NÃO TODAS as pessoas, sem mimimi quanto a generalizações também, isso não é uma generalização nem uma indireta a ninguem). Voltando,

Sério, não faz falta, tu acostuma e é muito bom chegar do super, guardar as compras no armário e não sobrar aquela nuvem, ou bola de sacolinhas que a gente nunca sabe onde guardar.

E eu queria que vocês pensassem (só pensar nem precisa fazer) o que mudariam na rotina para termos um planeta com menos lixo rolando.


P.S.: O ótimo blog sobre a vida na Alemanha é  De volta a nave mãe.